Uma diáspora empreendedora
17/12/2008

Depois da segunda metade do século XIX, a sociedade libanesa foi assolada por conflitos entre comunidades religiosas e as grandes potências do Oriente Médio que originaram a diáspora. Em 1840 e 1860, os camponeses, pequenos proprietários de terra, em grande parte cristãos maronitas, fugiram das perseguições para emigrar ao Egito, Estados Unidos e América Latina. No início mascates, os libaneses se tornaram cada vez mais prósperos em seus projetos, graças à personalidade empreendedora e politicamente ativa da comunidade.

De 1945 a 1973, eles se orientaram no sentido dos países árabes produtores de petróleo, em particular na região do Golfo Pérsico. Em seguida, devido a Guerra Civil (1975-1990), cerca de um milhão de libaneses deixaram o país em direção à Europa Ocidental, Estados Unidos, Canadá e Austrália. Essa imigração massiva começou a partir das elites se estendendo posteriormente às camadas sociais mais baixas e às comunidades religiosas.

Em todo o mundo a diáspora libanesa sempre foi símbolo de uma diáspora empreededora: do pequeno comerciante ao homem de negócios. A projeção internacional dessa rede acabou por fornecer um precioso apoio logístico ao funcionamento do comércio dentro do próprio Líbano.

Atualmente, os laços familiares se alargam, as ligações com a terra natal e a religião permitem que novas e diversas relações se estabeleçam no seio da comunidade libanesa.
Sob um ponto de vista positivo, a diáspora trouxe, ao longo de toda sua história, uma considerável ajuda econômica ao país ocupando sempre um papel importante no processo de urbanização e crescimento do Líbano.



voltar