Religião
Detalhe do sarcófago de Echmunazaar de Sidon (século VI a.C.)
|
Segundo o Antigo Testamento, quando (por volta de 966 a.C.) Salomão, filho do rei Davi, ocupou o trono hebreu, havia uma intenção de construir um templo em Jerusalém. Como não possuia homens e material, Salomão demandou a ajuda de Hiram, rei de Tiro na época, que lhe forneceu arquitetos e madeira de cedro para a construção do templo em troca de trigo, azeite e outros produtos agrícolas.
O templo de Salomão foi desenhado de acordo com parametros fenícios e pode-se conjecturar que sua descrição bíblica nos seria capaz de fornecer uma idéia dos templos fenícios.No que se refere mais especificamente à religião fenícia, existem três deuses principais designados, por vezes, com nomes diferentes.
Objetos do cotidiano dos fenícios encontrados em tumbas da região
|
El (chamado de Baal em Sidon) era o deus máximo do panteão fenício. Ele representava um deus-sol e muitas vezes aparecia sob a forma de um touro. Sua esposa era chamada Astarte (Baalat em Biblos), uma deusa-mãe habitante dos mares. E seu filho era chamado de Baal (Adonis, em Biblos), o deus das tempestades e montanhas.
A despeito da importância de El, Baal era o deus mais cultuado entre os fenícios. Sua adoração era também popular nas colonias fenícias, especialmente em Cártago. Acreditava-se que quando a neve das montanhas libanesas derretia e fazia com que a água dos rios ficasse mais limpa, era Baal que estava renascendo para dar lugar a grandes celebrações anuais entre os fenícios.
Suas cerimonias religiosas ocupavam templos, mas também eram realizadas a céu aberto. O sacrifício de ovelhas e crianças também eram manifestações importantes de sua religiosidade. No que se refere ao tratamento dispensado aos mortos, sabe-se que os fenícios enterravam-nos em tumbas escavadas aos pés das montanhas próximas as cidades. Enquanto os homens eram enterrados com suas armas, as mulheres tinham consigo potes de cerâmica e outros ornamentos.
|